segunda-feira, 7 de março de 2016

Museo del Prado

O maior museu da Europa
Sessão: Dicas



Museo del Prado

O Museu do Prado é o mais importante museu de Espanha e um dos mais importantes do Mundo. Apresentando belas e preciosas obras de arte, o museu localiza-se em Madrid e foi mandado construir por Carlos III. As obras de construção prolongaram-se por muitos anos, tendo sido inaugurado somente no reinado de Fernando VII.
Quando o rei Carlos III regressou de Nápoles à sua cidade natal, apercebeu-se de que Madrid não havia melhorado em nada desde que de lá tinha saído: Madrid continuava aquele lugar que, convertido repentinamente em capital por obra e graça de Filipe II, cresceu precipitada e desordenadamente e de um modo pouco consistente.
Decidiu assim encarregar Juan de Villanueva, o arquitecto real, de projetar um edifício destinado às Ciências e que pudesse albergar o Gabinete de História Natural.
Tal foi o culminar da carreira artística de Juan de Villanueva, sendo esta a maior e mais ambiciosa obra do neoclassicismo espanhol.
Com a construção deste edifício, concebido como uma operação urbanística de elevados custos, o rei Carlos III pretendia dotar a capital do seu reino com um espaço urbano e monumental, como os que abundavam nas restantes capitais europeias.
As obras de construção do museu prolongaram-se por muitos anos, ao largo de todo o reinado de Carlos IV. Porém, a chegada dos franceses a Espanha e a Guerra da Independência, interromperam-nas.
Foi então utilizado para fins militares, tendo-se aqui estabelecido um quartel militar. Neste momento começou a deterioração do edifício, que se notava cada vez mais, à medida que os anos avançavam.
Aborrecidos, Fernando VII e a sua esposa, Maria Isabel de Bragança, puseram fim a tal situação, impedindo que o museu chegasse à ruína total e recuperando-o.
Isabel foi a grande impulsionadora deste projeto e é a ela que se deve o êxito final, mesmo que não tenha vivido para saboreá-lo, pois morreu um ano antes da grande inauguração do museu, a 19 de Novembro de 1819.
Contendo coleções de pintura e escultura provenientes das coleções reais e da nobreza, o museu detinha, aquando da sua inauguração, cerca de 311 obras de arte.
Foi, pois, um dos primeiros museus públicos de toda a Europa e o primeiro de Espanha, fazendo assim notar a sua função recreativa e educacional.
No final do século XIX, mais precisamente em 1872, todo o acervo do Museu da Trindade foi doado ao Prado. As obras, de temática religiosa, eram na maioria expropriações dos bens eclesiásticos, como forma de amortização das dívidas do clero para com o reino.
Desde a fusão dos dois museus, o acervo foi ampliado com muitas outras obras de arte, por doações, heranças e novas aquisições.
Em 2006, teve lugar no Prado uma das mais importantes exposições de toda a história do museu: Furtuny, Madrazo, Rico - Legado de Ramón de Errazu. Esta exposição reúne importantes obras dos famosos pintores oitocentistas Mariano Furtuny, Raimundo de Madrazo y Garreta e de Martín Rico.
Uma importante ampliação do espaço museológico foi inaugurada em Outubro de 2007 (projecto de Rafael Moneo).


Museo del Prado

Diego Velázquez

Diego Velázquez

Velázquez e o Museu do Prado

O Prado conserva numerosas e fundamentais obras de grandes mestres da pintura como Bosch, Ticiano, Rubens ou Goya, mas, se quisesse identificar o Museu com um artista, este seria Diego Velázquez. No Prado estão expostas cinquenta das cerca de cento e vinte pinturas garantidamente do artista, entre as quais figuram suas obras mais relevantes e ambiciosas. A maior parte das obras dele - se exceptuarmos as da sua juvenil fase sevilhana e as pintadas nas suas duas viagens à Itália - foram realizadas na corte espanhola, para o próprio Filipe IV ou para o seu meio mais próximo, e foram conservadas nas Coleções Reais, onde passaram para o Museu do Prado. A partir da sua inauguração em 1819, foi nas salas deste Museu que o mundo descobriu Velázquez, ficando interligados o prestígio do artista e o da instituição. Desde então, Velázquez passou a ser referência, tanto para os que viam nele o pintor da realidade por excelência como para os que descobriram na pintura uma via para se libertarem da armadura academicista.


A Rainha Mariana de Áustria - Diego Velazquez - Óleo sobre tela - 1652-1653

Velázquez criou este quadro de Mariana de Áustria a pedido do seu pai, o imperador Fernando III, que queria ter uma imagem da sua filha adolescente. Esta tinha sido destinada a casar com Baltasar Carlos, o herdeiro do trono mas, por fim, depois da morte precoce deste, casou com o próprio rei Filipe IV, que era seu tio natural. É um retrato de fausto, que entronca nas efígies das mulheres da casa de Áustria, com elementos característicos dos retratos oficiais, como o grande reposteiro ou a cadeira fradesca em que apoia a mão direita. A obra está realizada com a técnica rica e impetuosa que caracteriza a produção final de Velázquez, que é capaz de definir com exatidão tanto os rostos como os luxuosos tecidos mediante pequenos toques de pincel sobre amplas manchas de cor.


A Família de Carlos VI - Francisco de Goya - Óleo sobre tela - 1800



A Madalena Penitente - José de Ribera - Óleo sobre tela - 1641

Adão e Eva - Albrecht Dürer - Óleo sobre Madeira - 1507







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