Sessão: Guia de Angola
Foto de Márcio Mendonça |
Neste Domingo, 25 de Janeiro de 2014, Luanda completou 439º aniversário da sua fundação, em 1576.
Corria o ano de 1575 quando Paulo Dias de Novais, ao desembarcar na Ilha do Cabo, estabeleceu o primeiro núcleo de colonos portugueses. Eram 700, dos quais 350 homens de armas, religiosos, mercadores e funcionários públicos. Entre o Morro de S. Miguel e o Bungo existiam algumas dezenas de casas onde vivia a população local.
Foto de Edilson Jorge |
Era pouca gente, porque existiam muitos pântanos e o lugar era insalubre. Hoje Luanda tem mais de seis milhões de habitantes e à sua volta nasceram novas cidades, modernas e funcionais.
A cidade foi sempre um porto de abrigo. As baías entre Luanda e Cacuaco, ou da Corimba e Mussulo, recebiam embarcações de todas as partes do mundo. Mas muitas vezes, além de mercadores, chegavam piratas. Por isso foi fortificada.
A cidade foi sempre um porto de abrigo. As baías entre Luanda e Cacuaco, ou da Corimba e Mussulo, recebiam embarcações de todas as partes do mundo. Mas muitas vezes, além de mercadores, chegavam piratas. Por isso foi fortificada.
Foto de Ademar Rangel |
Chegou a ter seis fortalezas: S. Miguel, S. José (onde está hoje o Hospital Maria Pia), Penedo (Casa de Reclusão), São Pedro da Barra, Nossa Senhora da Flor da Rosa (Ponta da Ilha) e uma outra fortaleza que defendia a Corimba, situada onde mais tarde foi construído o Observatório Meteorológico João Capelo, hoje Casa Militar.
De 1961 até 2002, a capital angolana recebeu nos seus braços milhões de angolanos fugidos da guerra. Hoje é porto de encontro de gente oriunda de todas as províncias e de muitas Nações estrangeiras. É a marca de uma cidade aberta, solidária e maternal.
Um ano depois (1576) de ter chegado à Ilha do Cabo, Paulo Dias de Novais avançou para terra firme e fundou a vila de São Paulo da Assunção de Luanda. A cidade tornou-se no centro administrativo de Angola desde 1627.
Em 1634 foi construída a Fortaleza de São Miguel. A cidade foi conquistada pelos holandeses e esteve sob o domínio da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais, de 1641 a 1648, quando foi recuperada para a Coroa Portuguesa por uma expedição enviada da Capitania do Rio de Janeiro, Brasil, comandada por Salvador Correia de Sá e Benevides. Durante a ocupação holandesa, a velha cidade foi praticamente abandonada.
Foto de Ademar Rangel |
O historiador Antônio de Oliveira Cadornega, que participou na resistência à ocupação, descreve as casas sem portas nem janelas, telhados a ruir, ruas cheias de cães vadios. Mas Luanda sobreviveu. De 1550 a 1850, Luanda passou a ser um importante centro do tráfico de escravos para o Brasil.
Enquanto apenas um quinto de suas importações era originária de Portugal, o restante era do Brasil.
Enquanto apenas um quinto de suas importações era originária de Portugal, o restante era do Brasil.
A cidade limitava-se a funções militares, administrativas e de redistribuição. As indústrias eram praticamente inexistentes e a instrução pública pouco evoluída.
Em 1847, incluindo os edifícios públicos, a cidade contava com 144 casas com primeiro andar, 275 casas térreas e mais de 1050 cubatas.
A cidade recebia nas suas fortalezas presos portugueses de delito comum degredados que faziam trabalhos forçados. Com cinco mil habitantes, tinha dezenas de tabernas.
Em 1889, o governador Brito Capelo inaugurou um aqueduto que forneceu água potável à cidade, abrindo caminho ao grande crescimento de Luanda. Hoje é a maior e a mais densamente habitada cidade de Angola. Inicialmente projetada para uma população de 500 mil habitantes, é hoje uma cidade com mais de seis milhões de habitantes, de acordo com dados do Censo Geral da População, realizado no ano passado. Este número a torna a terceira maior cidade lusófona do mundo, depois de São Paulo e Rio de Janeiro.
A zona central de Luanda está dividida em duas partes, a Baixa e a Cidade Alta. A partir de 1961 a velha urbe expandiu-se para Norte e Leste. Mas só depois da Independência Nacional foi definido o Sul, como zona de crescimento. As novas centralidades marcam uma nova era na cidade mais antiga da África Subsaariana.
Fontes: Amigos da Fotografia e Angola Bela
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